domingo, 17 de julho de 2011

Imagens

Imagens que vemos, que sentimos.
Imagens que passam por nós todos os dias.
Os mesmos carros, estradas, vistas.
Os mesmo padrões: tempo bom, tempo mau, altura festiva, rua com obras.
E as imagens acabam por parecer sempre as mesmas, como aquelas palavras que num dado instante, e porque as repetimos tantas vezes, perdem o seu significado.
E as imagens ficam assim, sem sentido. Sempre as mesmas, familiares.
Mas elas vão mudando sem nos apercebermos. Assim como algumas palavras vêm o seu significado alterado pelos tempos.
E em que nos afecta isso? Nada, acho. Mas as imagens têm muito mais piada quando são novas imagens e não imagens às quais estamos habituados... então prestemos atenção aos detalhes das imagens familiares. Aqueles que não reparamos à primeira, ou aqueles que mudaram de ontem para hoje. Tiremos de bom o que podemos tirar daquilo que temos.

1 comentário:

sj disse...

Os detalhes são, sem dúvida, o que faz a diferença entre o que parece e o que é.
Tudo muda a um ritmo alucinante, as pessoas mais que as coisas, talvez (à excepção dos irrealistas que constroem uma realidade sua, que acreditam só naquilo que julgam ver, que imaginam o resto para que o seu mundo irreal faça sentido para eles e, por tudo isto, não mudam... pelo menos, não mudam naquilo que era importante mudar...), e podemos sempre (ou quasae sempre) olhar para a realidade como se fosse a primeira vez, embora sem o desconforto do desconhecido total, descobrir as novidades e encontrar significado para as pequenas coisas no momento, que é tudo o que temos...