terça-feira, 10 de junho de 2008

Conhecer

Distinguir,
Apreciar,
Julgar,
Avaliar...

... e poR aí a fora. Gosto de ir ver ao dicionário a definição que eles dão às palavras / temas sobre os quais estou a falar.
Conhecer (e falo em conhecer alguém), é realmente tudo o que está escrito ali em cima. E é muito mais. Não falo no acto de ser apresentado. Mas no conjunto de actos que é conviver com uma pessoa, perceber a sua personalidade, o seu feitio, a sua maneira de ser.
É criar a ideia sobre uma pessoa. Como eu disse anteS noutro post, é criar uma nova identidade dessa pessoa.

Mas a ideia do post é chegar à parte em que estamos a conhecer alguém por quem estamos apaixonados. Estar apaixonado por si só é algo fantástico. Conhecer alguém por quem se está apaixonado é algo delicioso.

É óbvio que pelo caminho encontramos sempre algumas coisas que não gostamos ou que nos desagradam mas se estivermos realmente apaixonados essas coisas acabam por nos passar um pouco ao lado. É sobretudo bom reparar nas coisas boas, naqueles detalhes, tiques, jeitos, manias, maneiras dessa pessoa que ninguém repara, que não "interessam a ninguém" mas que acabam por se tornar algo magnífico.

Acredito que todos já tenhamos passado por isto. Mais ou menos intensamente, numa forma de conhecer alguém mais ou menos rápida, mais ou menos profunda... por aí a fora.

Conheçam e sobretudo apaixonem-se e conheçam :P

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Destino

Eis uma questão que merece alguma discussão e que costuma gerar controvérsia entre os povos, civilizações com diferentes culturas.

Vamos a certezas. Se o destino de cada um de nós está traçado então somos meros fantoches, bonecos. Eu simplesmente não mereço crédito nenhum (ou descrédito, quem sabe) por escrever este post, porque simplesmente era suposto fazê-lo e dizer exactamente por estas palavras.

O que é que eu acredito?

É complicado. Se pensarmos racionalmente sabemos que somos responsáveis pelos nossos actos. Nós tomamos decisões, nós fazemos escolhas todos os dias, quando mais não seja escolher que alguém irá fazer essas escolhas por nós. Chama-se a isso Liberdade.

Ouvimos no entanto muita gente dizer quando acontecem fatalidades "é porque tinha de ser". Teria? Bom, normalmente queremos pensar que sim porque as fatalidades normalmente são coisas que não se podem evitar, não estão simplesmente sob o nosso controlo. Isso talvez esteja destinado a acontecer.

Se acreditamos, se vocês acreditam numa entidade superior (se não acreditam todo este texto não servirá para nada pois nesse aspecto o destino não faz simplesmente o menos sentido na minha opinião). Perdi-me neste parêntesis e por isso volto ao assunto. Acreditando-se numa entidade superior, e eu acredito, pode-se pensar que algumas coisas tinham de acontecer. Podemos pensar nelas como obstáculos, prémios ou castigos, dificuldades, provas que temos de ultrapassar.

Não estou aqui para falar de desgraças por isso vou à parte deste assunto do destino que me interessa e que de certo modo me fascina...

Será que está predestinado que algumas pessoas cruzem o caminho das nossas vidas?

Por tudo aquilo que tenho vivido eu gosto de pensar que sim. Tanto de pessoas que se cruzaram na minha vida, como do facto de eu me ter cruzado na vida de algumas pessoas. "Então não é a mesma coisa? Se cruzou está cruzado!!" eu respondo que é uma questão de perspectiva e da influência que temos na vida dessas pessoas e que essas pessoas têm na nossa vida.

Durante toda a minha vida me tenho cruzado com pessoas muito interessantes. Algumas ainda estão presentes, outras por um motivo ou por outro acabaram por se afastar. Uma ou outra está longe mas sempre presente. Todas de uma maneira diferente, todas por motivos diferentes.

E ultimamente mais e mais pessoas cruzam o meu caminho, e todos os dias aprendo alguma coisa com elas, as ajudo ou elas a mim. E muitas vezes durante aquelas horas, dias, semanas, meses de conhecimento, de contacto mais intenso, essas pessoas fazem parte do meu dia-a-dia e me marcam de alguma maneira. Não posso dizer que de uma maneira mais forte, se de uma maneira mais fraca, mas de uma maneira diferente dos amigos de longa data. Esses um dia terão um post para eles ;)

Por isso deixo um agradecimento e uma homenagem a todas as pessoas que têm cruzado a minha vida pelos motivos mais ou menos estranhos, que se tornaram mais ou menos minhas amigas e que, por serem como são, me enriqueceram como pessoa, como ser humano ou simplesmente pelo facto de me terem feito mais fortes. A eles o meu muito, muito obrigado.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

A Terra

Bom, a Terra é o único planeta em que teremos algum dia a oportunidade de viver. Pelo menos na minha geração acho que será impossível. Bom, há sempre as pessoas que vivem no espaço por algum tempo, os astronautas, mas esses são um caso à parte.

Eu considero a Terra um planeta maravilhoso que nos proporciona imagens únicas, ímpares. Acho que este planeta no seu esplendor me proporcionou as imagens mais bonitas que algum dia verei.

É óbvio que tudo isto é muito relativo como sempre, porque o homem muitas vezes tem a sua quota parte na grandiosidade daquilo que vemos. Neste momento por exemplo, estou a olhar para uma paisagem que eu considero bonita. Essencialmente por se tratar de uma das alturas do dia que mais aprecio. O pôr-do-sol. Ou lusco-fusco como alguns gostaram de classificar ;) Mas esta paisagem que observo está catalisada pelas luzes brilhantes que vejo ao fundo. Reflectindo num Rio Douro magnífico e calmo.

Ainda assim. Nada como observar o sol a descer sobre o mar imenso e infinito. A reflectir toda a sua grandiosidade nas águas lisas... A toldar o céu de cores púrpuras e lilases, com um tom alaranjado....

Ou o nascer do dia, ao pé de um campo num dia de Verão onde começamos a sentir o calor a subir da terra, começamos a cheirar as flores que deslumbram a paisagem ou a ouvir o chilrear incessante das aves que nos cercam.

Já não menciono as raridades que podemos observar por esse mundo fora e que a maioria delas nunca terei oportunidade de observar sem ser por fotografias ou imagens na televisão.

Considero-me um romântico. E sem dúvida que todas estas paisagens podem puxar ao romantismo. Não necessariamente, mas se estivermos apaixonados, como conseguiremos desassociar estas imagens de um momento com a nossa cara-metade.

Amo este planeta. Ele me pôs no mundo, ele me vai guardar quando a minha alma não habitar o meu corpo. E por tudo isto, obrigado Terra!